Bem vindo ao blog do sebo-pinheiros!

recicle. reaproveite.
Além de todo o nosso acervo de livros baratos,usados, novos, raros... leia aqui artigos, notícias, entrevistas, obras literárias e artísticas, vídeos, eventos...

Um canal de cultura, conhecimento e acesso ao nosso espaço:

sebo pinheiros.
Aberto recentemente, o sebo pinheiros já se tornou exemplo de um sebo diferenciado, com ambiente agradável, iluminado, sempre acompanhado de uma boa música, bom e descontraído atendimento, além de um ótimo acervo de livros baratos, raros, novos, usados.

"Um café de primeira com um simpático sebo anexo".

Av. pedroso de morais n° 794, pinheiros- são paulo
Tel: 3031-8761





quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sonho com 'dedão-pênis' inspira bestseller de escritora japonesa

TÓQUIO (Reuters Life!) - Certa noite nos anos 1990, a escritora japonesa Rieko Matsuura sonhou que seu dedão do pé havia se transformado em um pênis.
O sonho aconteceu no momento em que ela contemplava seu próximo livro, e serviu de tema vital para ajudá-la a escrever "A Aprendizagem do Dedão P", uma abordagem à la Fellini sobre sexualidade e gênero no Japão que se tornou um best-seller e ganhou um prêmio de literatura depois de ser publicado em 1993.
"Pensei durante muito tempo que eu gostaria de escrever sobre uma mulher cujas visões sobre a sexualidade mudam à medida que ela vive diversas experiências, mas eu não tinha certeza de como fazê-lo. Simplesmente ter o espírito de uma mulher assumindo o corpo de um homem teria sido muito brega", disse Matsura à Reuters durante uma entrevista sobre a publicação de seu livro em inglês.

"Eu pensei que deveria ter outro jeito de fazer isso, e justamente naquele momento tive o sonho."
"O Dedão P", como a autora de 51 anos gosta de chamar seu livro, conta as aventuras de Kazumi, uma inocente jovem de 22 anos que acorda uma manhã para descobrir que, como no sonho de Matsuura, seu dedão do pé havia se transformado em um pênis.
Seu namorado quer lidar com a situação cortando o dedão fora, e Kazumi foge, se apaixonando por um pianista cego e se unindo ao grupo de música, cujos integrantes são todos sexualmente desajustados. Ela segue viajando, suas idéias sobre sexo, amor e gênero se transformando tanto que ela chega a ter um caso com outra mulher.
"Essa parecia ser a melhor forma de desafiar os pensamentos comumente aceitos sobre sexo, uma mulher que tivesse algo parecido com o órgão sexual masculino. Criar uma personagem inocente seria a forma mais eficaz de mostrar isso também, eu pensei", disse Matsuura.
"Existem muitas pessoas no mundo como ela, que apenas imitam papéis sexuais e de gênero sem questioná-los. Encontrar pessoas que são elas próprias muito distantes da norma sexual a ajudou a abrir os olhos."
Apesar de o Japão tradicional não ter tabus específicos contra a homossexualidade e às vezes ter idéias abertas sobre sexualidade -- com homens interpretando papéis femininos nos teatros kabuki, por exemplo -- o Japão pós-guerra ficou menos liberal.

Por Elaine Lies


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,sonho-com-dedao-penis-inspira-bestseller-de-escritora-japonesa,547294,0.htm

sábado, 8 de maio de 2010

O Futuro do Livro

Os livros que você tem na sua estante atualmente são insubstituíveis, certo? Porém agora eles tem um novo companheiro: o livro eletrônico.
Uma grande novidade na área do livro eletrônico surgiu há pouco mais de dois anos e foi lançado com sucesso pelo Amazon.
Seu nome é Kindle. É mais fino do que muitas revistas e mais leve do que uma folha. Com conectividade 3G sem fios integrada, pode descarregar um livro em 60 segundos, onde quer que esteja e sem precisar de um computador. Pode-se durante duas semanas, sem que sua bateria descarregue, consoante use ou não rede wireless. O teclado permite marcar e desmarcar páginas e partes dos textos ou acrescentar notas. Documentos de texto e PDF podem ser transferidos do computador através da rede wireless, já incluída na compra sem custos adicionais. O acesso à enciclopédia Wikipédia é gratis. Seu peso é 290 gramas. Hoje o Kindle possui no mercado duas versões, sendo que a segunda delas contém uma capacidade de memória mais expansiva que a primeira: sua memória é 2GB e pode armazenar até 1.500 livros, contra 256MB da primeira versão.
Há pouco surgiu também o Ipad. O Ipad parece um "Iphone Gigante", mas não tem funções de celular, embora possa ser usado para chamadas por meio da internet (com uso de programas VoIP). O aparelho navega na internet por meio de conexões sem fio (Wi-Fi e 3G). Ele também traz conexão Bluetooth para se comunicar com periféricos, como teclados e webcams sem fio. O Ipad tem uma tela touchscreen de 9,7 polegadas e mede 24 cm de altura por 19 cm de largura. A espessura é de 1,3 cm e o peso é 680 gramas (modelo sem 3G) e 730 gramas (modelo com 3G).
O que está causando grande comoção é a pergunta: Qual o futuro do livro de papel? O livro eletrônico irá substituí-lo? O historiador francês Roger Chartier, por exemplo, pergunta: "devemos pensar que nos encontramos às vesperas de uma semelhante mutação [dos rolos para códex manuscrito, no séc. XV] e que o livro eletrônico irá substituir ou já está substituindo o códex impresso, tal como o conhecemos em suas diversas formas: livros. revista, jornal?" Em seguida, responde com cautela: "Talvez. Porém, o mais provável para as próximas décadas é a coexistência, que não será forçosamente pacífica, entre as duas formas do livro e os três modos de inscrição e de comunicação dos textos: a escrita manuscrita, a publicação impressa, a textualidade eletrônica. Essa hipótese é certamente mais sensata do que as lamentações sobre a irremediável perda da cultura escrita ou os entusiasmos sem prudência que anunciam a entrada de uma nova era da comunicação."(Chartier, 2002, p. 106-107)
É um assunto que levanta diversas controvésias. Neste vídeo do G1 da globo.com, encontra-se uma matéria que discute o futuro do livro. Veja no link:
http://migre.me/CZob E você, o que pensa sobre o assunto? Os livros eletrônicos irão substituir os livros impressos?   Fontes: Tecnologia Ig - "Tudo o que você precisa saber sobre o Ipad": http://migre.me/CZlW   Chartie, Roger. Os Desafios da Escrita. São Paulo: Editora Unesp, 2002

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sebo Pinheiros sai no Zadoque

http://www.zadoque.com/cadernos/Sebo-Pinheiros-01.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

eduardoaadealmeida.blogspot.com-sobre o sebo pinheiros blogspot.com

eduardoaadealmeida.blogspot.com/.../sobre-o-sebo-pinheiros-no-sebo.html - Em cache - Similares

sábado, 27 de junho de 2009

Não Pare Até que esteja satisfeito

Nesta última quinta-feira, perdemos o cantor, compositor, ator, dançarino, publicitário, escritor, produtor, poeta, instrumentista, estilista, empresário, o rei do pop: Michael Jackson. Começou a carreira com onze anos no grupo Jackson 5, em 1970 iniciou sua carreira solo e nos anos 80 se tornou uma personalidade excêntrica mundialmente conhecida. Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory: past, present and Future - Book I (1995) foram cinco dos seus albuns que tiveram uma venda extraordinária, sendo que o Thriller entrou no guiness book por ser o álbum mais vendido do mundo.
A sua mudança de cor (antes negro, se transformou em branco por conta de um Vitiligo) e acusações de pedofilia (1993) não chegaram nem perto de estragar o sucesso deste ícone. Michael Jackson influenciou musicalmente vários ritmos como rip rop, R&B e dance, criou diversos passos de danças, popularizou outras bem complexas como o Robot e o Moonwalk e doou milhões de dólares durante toda sua carreira a causas beneficentes por meio da Dangerous World Tour, compactos voltados à caridade e manutenção de 39 centros de caridades.
Dois dias depois de sua morte, muitos clientes já procuram os CDs e LPs de Michael. Por conta disso, o site do Globo publicou na parte de música, uma matéria em que o Sebo Pinheiros aparece destacando-se pelos seus clássicos exemplares do ídolo. Na foto acima, a funcionária Márcia Alcântara aparece mostrando o disco Bad e o Thriller que, segundo ela, já vão para a vitrine.
Veja o link da reportagem:
Michael Jackson era incontestavelmente uma figura de talento e sua morte por parada cardíaca foi uma perda para a dança, para a música e pra toda humanidade. Ele marcou muitas gerações e até pessoas que não se consideravam fãs, ficaram um pouco chocadas com a notícia. Suas músicas foram tocadas nas paradas de sucesso por mais de 3 décadas, ele foi reconhecido recentemente a personalidade mais conhecida do mundo e de alguma maneira, o Michael Jackson fez parte de algum momento da vida de todas as pessoas. O tamanho de sua obra foi imenso, fez como diz sua música: o importante era não parar até que esteja satisfeito.
E como homenagem, o blog do Sebo pinheiros finaliza a postagem com o link de um dos clipes mais incríveis do superstar que ficou pra história.




quinta-feira, 25 de junho de 2009

Interpretações Juninas

Eita complicação, sô! Ao fazer a decoração de festa Junina do Sebo Pinheiros, o Luciano colocou a seguinte frase no balão de papel: "Balão somente na decoração!".
O que você entende com esta frase??
Fiquei um tempo afastada do Sebo e quando voltei, me deparei com esta frase e começei a rir. A Isabela estava do meu lado e questionou o motivo da minha risada com essa pergunta: o que que eu tinha entendido com esta frase, pois tinha um sentido tal e todo mundo pensava em outro.O sentido que todos pensam é que o balão não estava a venda e sim "somente na decoração", quando na verdade, esta frase pretendia mostrar que o sebo pinheiros é contra soltarem balão de verdade, pois é uma prática que coloca vidas em risco... Mas eu consegui pensar numa coisa completamente diferente, quando li, tive a certeza absoluta que aquela frase significava que o Sebo Pinheiros não dava "balão" nos clientes...Haha, uma pequena frase gerou várias idéias e divertiu a gente durante a semana, principalmente quando alguém pergunta o porque da bendita frase!





sexta-feira, 22 de maio de 2009

Artigo de Eduardo de Almeida



Realmente das coisas nascem coisas. Certa vez, o Luciano estava abrindo a loja, entrou um rapaz e perguntou o preço de um livro. No momento não tinha o preço marcado no livro como de costume e então Luciano disse a ele que o livro custava R$45. O rapaz ficou surpreso, quis comprar, mas como não tinha o dinheiro no momento, reservou o livro. Quando voltou para buscar, Luciano viu que na verdade o livro custava 145 reais. Revelou isso ao moço e explicou que apesar da mancada o sebo estava começando e não podia dar um desconto tão grande. Porém, este assunto não saiu da cabeça do Luciano e ele realmente não conseguia dormir pensando como que ele podia ter falado o preço errado... Para sua sorte, depois de alguns dias, Luciano estava falando no celular na frente da loja e o rapaz passa na sua frente. Na hora ele parou-o, colocou o livro em sua mão e perguntou-lhe se tinha r$50 pra levar o livro na hora. O rapaz ficou um pouco preocupado com o prejuízo da loja, mas Luciano insistiu dizendo que mais prejuizo era seu sono. O rapaz levou o livro, e depois de um tempo trouxe em agradecimento, um belo artigo inspirado neste acontecimento.


Lendo este artigo e pensando na interessante idéia de que os livros na estante de Eduardo, os faz remeter à sua memória, pensamos que nosso blog pode ser também um canal de memória do sebo, registrando nele histórias de cada pessoa interessante que passa por nós e que de alguma maneira também plantam sementes por aí- por isso reforçamos também que das coisas nascem coisas. Ficamos felizes por sempre trabalhar com honestidade e honrados de fazer parte dessa experiência de Eduardo. Acreditamos e tentamos em nosso trabalho, aqui no sebo, plantar sementes que brotam grandes experiências, não só da leitura do livro em si, mas como nas memórias que neles ficam guardado.


Parabéns pelo artigo, Eduardo! e obrigado pelo carinho.

DAS COISAS NASCEM COISAS
Eduardo de Almeida *



Muito mais do que um amontoado de volumes, minha biblioteca significa, para mim, uma reunião de memórias. Isso porque cada livro na prateleira tem uma história, que extravasa linhas, palavras e idéias para influenciar minha vida à sua maneira. Quase sempre me recordo de quando o comprei, dos motivos que me levaram a isso e da sensação que ele deixou. Cada pessoa coleciona seu passado de um jeito. Acho que o meu é esse. Quando olho para a biblioteca que toma conta do quarto, estou olhando para dentro de mim mesmo, onde cada livro representa uma experiência de vida.Sou um assíduo freqüentador de sebos. Descobri-os na época da faculdade e desde então tenho comprado muita coisa neles. Não nego que os livros novos têm seus atrativos, como o cheiro gostoso de papel recém-saído da gráfica; mas os usados possuem um estilo todo especial, um tipo de “aura” própria que lhes foi sendo imbuída pelos antigos donos. Quem é apaixonado por leitura deve compreender. Gosto de pegá-los com cuidado, observar os sinais deixados em suas páginas e tentar descobrir a quem pertenceu. É emocionante ter em mãos um pedaço da história de alguém. Afinal, como ele veio parar aqui?Algo bastante curioso aconteceu nesta semana. Perto de onde trabalho, existe uma porção de bons sebos, que costumo visitar na hora do almoço. Para meu deleite, um novo acabara de abrir as portas e, naquele mesmo instante, fui xeretar.Já na vitrine vi um livro de arte, sobre o movimento impressionista, que estive namorando em outra loja vizinha, mas que não comprei porque custava caro demais. De qualquer modo, por curiosidade, perguntei o preço: 45 reais. Fiquei espantado. Era 25% do valor da tabela, por um livro que sequer tinha sido folheado! Uma grana que provavelmente me faria falta, nesta época de vacas magras, mas não podia deixar uma oportunidade como aquela passar e me propus a levá-lo. O ruim é que eu tinha no bolso apenas o troco do almoço. Assim, reservei o volume para o dia seguinte.Acontece que passei por lá na mesma noite, quando caminhava para o ponto de ônibus, e me deparei com a loja aberta. Entrei e disse o que viera buscar. O vendedor ficou sem graça, pediu desculpas e explicou que errara o preço – o livro custava 145 reais, muito além das minhas possibilidades. Fui embora decepcionado.Minha namorada, especialista em marketing, comentou que, uma vez dito o preço, o vendedor deveria mantê-lo. Também achei ser o correto. Porém, fiquei pensando que, se soubesse do erro dele, jamais conseguiria pagar mais barato e deixá-lo no prejuízo.Pois ontem à noite, três dias depois, encontrei o sebo aberto novamente. O vendedor estava na porta e me chamou a atenção, estendeu o livro e disse: “Ainda está com a grana? É seu.” Tentei explicar que não queria prejudicá-lo, mas ele foi enfático: “Eu já havia dado minha palavra e não conseguiria dormir se não vendesse o livro para você. Faça bom proveito.” Fiquei sem saber o que falar. Agradeci, paguei os 45 reais e fui embora.A dignidade do vendedor me fez lembrar de uma outra história que meu pai costuma contar, de quando se confundiu e colocou o dinheiro recebido por uma venda na sacola da cliente, junto com o produto comprado.Era uma senhora muito humilde, que freqüentava a loja uma vez por mês e cujo sacrifício feito em cada compra ficava evidente. Ele só soube do erro quando, no mês seguinte, a cliente quis lhe devolver a quantia. Ela ainda se desculpou por não ter ido antes e explicou que não tinha sido possível. Meu pai tem certeza de que, entre as duas visitas, a senhorinha passou por dificuldades, mas não tocou no dinheiro que não lhe pertencia. É emocionante vê-lo contar. Em recompensa pela honestidade, ele se recusou a receber o valor, fazendo questão que ficasse com ela.Essas e várias outras histórias muito me ensinaram. Histórias que ficaram enraizadas em meu caráter e que, aos pouquinhos, dão seus frutos, transformando meus modos de pensar e de agir.Ontem, quando cheguei em casa com o livro na mão, pretendia registrar em suas primeiras páginas o ocorrido no sebo. Porém, logo me dei conta de que isso não seria necessário. Percebi que, ao olhar para ele em uma das prateleiras de minha biblioteca, vou sempre trazer à tona tudo o que aprendi antes mesmo de abri-lo.Então transformei o registro numa crônica. Fiquei repassando o episódio e tentando colocar em palavras o que ele significou para mim. Nesse sentido, os livros da biblioteca servem para ajudar a manter vivas em minha memória algumas das pessoas que conheço por aí e também suas histórias. Acho incrível como apenas umas poucas sementinhas podem fazer brotarem grandes experiências de vida! Pois olho para meus livros, penso no vendedor do sebo, na cliente de meu pai e, num momento de profunda introspecção, fico perguntando a mim mesmo: “O que você tem plantado ultimamente?”

Publicado originalmente no Jornal Correio Popular, Campinas-SP
* Eduardo de Almeida é publicitário e historiador da arte. Campinas, SP.